O QUE É LÓGICA?

Sempre que desenvolvemos um raciocínio, demonstramos nosso ponto de vista ou argumentamos em favor de uma causa, estamos usando a lógica. Usamos a lógica o tempo todo, mesmo sem perceber. Onde usamos nossa capacidade de pensar, usamos a lógica.
                Estudar lógica não é tão complicado. Para começar, é importante saber que a lógica lida com raciocínios e argumentos. Alguns filósofos a chamaram de “arte de pensar”, outros de “ciência da demonstração”, ou ainda de “estudo das leis do pensamento”.
                Embora vários filósofos tivessem se preocupado com questões de lógica, a base dessa disciplina foi formulada pelo filósofo grego Aristóteles, numa obra chamada Organon. Estudar lógica pode significar abrir uma porta importante para o estudo da Filosofia, da Matemática e das Ciências. Para esclarecer um pouco como a lógica trabalha, vamos tomar um argumento bem conhecido (argumento é um raciocínio lógico):

Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.

Esse argumento é um SILOGISMO que consiste de três enunciados (ou proposições). Os dois primeiros enunciados sãs as premissas e o último enunciado é a conclusão. Em um silogismo, os fatos apresentados servem de evidência para a conclusão, isto é, são eles que sustentam a conclusão. Mas será que esse argumento é válido? Para responder a essa pergunta, precisamos observar as relações entre os enunciados. Essa é a tarefa da lógica.

Vamos começar examinando as proposições que formam os argumentos. Elas são frases informativas, cujo conteúdo pode ser verdadeiro ou falso. No entanto, frases que expressas dúvidas, ordens, desejos ou sentimentos não podem ser consideradas, do ponto de vista lógico, verdadeiras ou falsas. Quer um exemplo? “Que susto!” e “Abra a janela, por favor” não são proposições lógicas.
No caso do nosso argumento, podemos simplificar as proposições:
                               Todo X é Y.
                               Z é X.
                               Logo, Z é Y.

SILOGISMO é um argumento em que,sendo certas coisas supostas, se segue necessariamente alguma coisa diferente das coisas supostas pelo fato de essas coisas se sustentarem.
(Aristóteles,ORGANON. In:Barnes, Jonathan. Aristóteles. São Paulo: Edições Loyola, 2001 p.55)

Fonte: Livro Dez lições para aprender filosofia